sexta-feira, 1 de junho de 2012

Avenida Conde da Boa Vista


A Avenida Conde da Boa Vista é hoje uma das principais vias do Recife. Todos os dias, cerca de 400 mil pessoas e 9.700 veículos circulam pelo local, segundo dados da Prefeitura do Recife e do Grande Recife Consórcio de Transporte. Apesar da importância para a região, poucos conhecem a história que está por trás das pedras e do concreto que constituem a avenida. 
 Iniciada em 1840, com o aterro do mangue que existia onde hoje está o bairro da Boa Vista, a Rua Formosa foi assim denominada pela beleza do local. Anos mais tarde, em 1870, a rua herdou como nome o título de Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista, homem que iniciou sua construção quando era presidente da então província de Pernambuco. E, em 2010, faz exatos 140 anos desde que o Conde da Boa Vista iniciou as obras do aterro que possibilitou a construção da avenida.
 Francisco do Rego Barros (o Conde da Boa Vista) nasceu a 03/02/1802, no Engenho Trapiche, município do Cabo de Santo Agostinho. Militar e político, bacharelou-se em Matemática pela Universidade de Paris, França. Foi eleito deputado-geral pela província de Pernambuco em duas legislaturas: 1830/33 e 1850.
 Por carta imperial de 06 de abril de 1850, foi escolhido senador, cargo que ocupou por 20 anos. Por duas vezes, foi governador de Pernambuco: entre 1838/41 e entre 1841/44, cargo na época denominado presidente da província.
Ganhou do governo imperial os títulos de Barão da Boa Vista (1840), Visconde (1858) e Conde (1866).  Foi, ainda, comandante superior da Guarda Nacional do município do Recife e em 1865 foi nomeado comandante das Armas da Província do Rio Grande do Sul, cargo do qual pediu exoneração no ano seguinte, para retornar a Pernambuco. Morreu no Recife, a 04 de outubro de 1870.
A construção da avenida foi feita em três partes. Depois que o aterro do mangue terminou, foi construído o primeiro trecho, que compõe o espaço entre a Rua da Aurora e a Rua do Hospício, e, em seguida, foi realizado o intervalo que liga essa última à Rua Gervásio Pires. Anos mais tarde, em 1899, foi concluída a terceira e última parte da obra, que vai até o bairro do Derby e foi chamada, na época, de Caminho Novo. O que conhecemos hoje por Conde da Boa Vista é a união da Rua Formosa com o Caminho Novo. A avenida ainda passou por várias mudanças no decorrer dos anos.
Na década de 1940, uma reforma para alargar a via destruiu algumas construções da cidade. Uma delas foi a Igreja Anglicana do Recife, também conhecida como Igrejinha dos Ingleses - no seu lugar, está o cinema São Luiz.

Fontes: Jornal do comercio, Netsaber, Pesquisa Escolar Online.


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